
A Festa da Uva acontece sempre na cidade do RS que eu mais gosto, Caxias do Sul. Vou morar lá um dia, juro, nem que seja por duas semanas numa barraca em frente à praça, mas moro hehehehe. A Festa foi criada originalmente em 1931, durante o período de maior expansão da cidade, que foi quando ela começou a se tornar conhecida pela produção e exportação das uvas e dos vinhos. Hoje, Caxias é conhecida como a Capital Brasileira da Cultura e a Festa da Uva tornou-se o maior evento da cidade, com direito a desfiles, shows, escolha de rainhas, etc. A cidade oferece também diversos passeios culturais durante este período, como visitas aos parrerais de uva, às casas dos primeiros moradores da cidade e às fazendas e igrejas que oferecem almoços à moda italiana. E o alvoroço começa cedo! Estive lá em meados de julho e já estavam com tudo “engatilhado”, as fotos das candidatas a rainha espalhadas por toda a cidade e até um relógio na praça central, contando quantos dias faltavam para a festa. É também nesta época que a beira das estradas de Caxias (principalmente no trecho entre Caxias e Farroupilha, outra cidade maravilhosa) ficam tomadas de caixas e caixas de lindas uvas a preços maravilhosos, R$ 10,00 uma caixa inteira! E garrafões de vinho, claro...Além, é claro, das paisagens lindas dos parrerais de uvas que tomam conta de toda a estrada. Quem tiver a oportunidade de conhecer esta cidade e participar da festa, não pode perder.
E é nesse clima “tarantelístico” e "festadauvístico" (dei pra ficar inventando palavra agora), resolvi postar uma receita de família de italianos...a minha!
Ai ai ai...as lombriguinhas da gringa aqui estão saltitando como dançarinas de balé russo, só de pensar em postar essa receitinha! Para mim, nada mais prático e saboroso do que “una bella de una pasta, capicci?”. E em casa de gringo, quem faz a melhor massa é rei hehehehe
Já falei para muitos que meu avô é italiano, nasceu na região de Salerno e veio para o Brasil em 1954. Desde que eu nasci, a cultura italiana fez parte da minha vida. As músicas, as danças, a língua (e o jeito gritão de falar heheehe), os costumes e principalmente a culinária. Tanto que se quer me deixar mais faceira do que pinto no lixo, basta me levar pra passear em qualquer uma das cidades de colonização italiana aqui do sul, que é o caso de Caxias do Sul. Meu marido chega a dar risada, eu entro nas cidades com os olhinhos brilhando. Se vejo alguém falando com sotaque de gringo então, fico realizada hehehehe Aliás, alguém aqui já viu o meu post no “Diário da gringa avantajada” sobre as 10 coisas sobre os gringos que todo mundo tem que saber? Não? Ah, acessa aí vai, tenho certeza que todo mundo vai gostar!
Mas, voltando à vaca fria, cerca de uma vez por mês o “nonno” junta o pessoal na casa dele para fazer “a” macarronada, com direito a vinho, queijo parmesão ralado em casa, “porpetta” e salada de radicci. É muito, muito, muito, muuuuuito bom! E eu não poderia deixar de compartilhar a receita com minhas amiguinhas lombriguentas hehehehe. A receita é com espaguete comprado no mercado mesmo, mas, para quem quiser fazer como manda o figurino, a receita de macarrão caseiro do Nossa Cozinha está aqui.
Macarronada do Nonno
Molho:
3 colheres de sopa de óleo
1 cebola grande picada
2 dentes de alho picados
1 pimentão verde picado
2 linguiças sem pele picadas
1 kg de tomate picados (eu uso com pele e tudo, mas, para quem não gosta, vale tirar. Se preferir, substitua por duas latas de molho de tomate, ou 1/2kg de tomate e uma lata de molho)
água fervida
1 talo de salsinha picados
1 talo de cebolinha picados
2 ou três folhas de manjericão picadas
sal, pimenta e orégano à gosto
Macarrão:
1 pacote de macarrão cozido “al dente”
3 pacotes de queijo ralado.
Modo de preparo:
Em uma panela, refogue a cebola, o alho e o pimentão por alguns minutos. Adicione a lingüiça e deixe fritar bem, adquirindo os sabores dos temperos. Quando estiver bem fritinho, adicione o tomate, a salsa e a cebolinha, deixe que o tomate desmanche na panela por alguns minutos. Quando estiver desmanchando, adicione a água fervida, tampe e deixe cozinhar. Um pouco antes de desligar o fogo, adicione o manjericão e orégano (para o orégano, eu uso a seguinte técnica: coloque ele nas mãos e vá esfregando uma mão na outra, deixando o orégano aos poucos cair na panela. Solta um cheirinho incrível!).
Para a montagem, eu utilizo a mesma técnica do Nonno: Forre a travessa ou a panela com molho de tomate. Coloque em seguida um pouco do macarrão, o molho de tomate e um pacote de queijo ralado, nesta ordem. Vá alternando as camadas, de forma que a última camada seja de queijo ralado. O queijo vai derretendo entre o macarrão e fica delicioso.
E andiamo mangiare, que fa benne!
Close na italianada faceira depois de encher a pança com o macarrão! Infelizmente a foto do macarrão eu não tenho! Cabimento isso? Tem um blog de culinária e esquece a foto da massa?